Anjonstro

Andei exagerando demais contigo.
É que é difícil aceitar os defeitos de quem convive com a gente assim tão de pertinho... Não que eu não queira aceitar, entende? Eu quero tanto.
Da ultima vez que a gente brigou eu fiquei com muita raiva. Uma raiva que parecia infinita. Te chinguei baixinho de mil coisas. Até de monstro eu cheguei a te chamar. E chorei de ti pro meu melhor amigo que deve ter te achado uma pessoa péssima naquele momento.
Aí agora que eu to aqui, bem melhor. Agora que aquela raiva infinita resolveu se finitar, eu to te achando maravilhosa novamente. E to aceitando aquele teu defeito que tanto me desconforta e torcendo para que tu também aceite os milhões que eu me esforço pra esconder do mundo, mas que volta e meia aparecem.
Lembra aquele dia que eu tava chorando desesperadamente por causa de faculdade, sentimentos, amigas e tu entrou no meu quarto mesmo eu dizendo que queria ficar sozinha, botou minha cabeça no teu colo e começou a fazer carinho no meu coração? Eu lembro tanto dele, guria. Toda hora aquele dia me faz bem.
Mas poxa, até de monstro eu te chamei. Chamei tentando te machucar, e agora quem tá machucada sou eu. Não que tu não tenha errado. Mas chamar minha anjinha de monstro merecia prisão perpétua...













...pondo minha boca perpétuamente em um potinho, só pra ela aprender que palavras feias machucam.
Quem dera elas ficassem perdidas lá atrás.