Doce

Ela era doce, doce, doce. O doce mais doce. Daqueles que parecem não existir.
Daqueles que não enjoam, daqueles que não fazem mal nem a quem vive com a tristeza de ser intolerante a doces.
Mas um dia, um dia triste por sinal, os olhos dela perderam a doçura.
O resto permanecia igual, a voz permanecia igual, os gestos, as ações...
Mas os olhos não.
Olhos que não são tão doces são intolerantes e ela foi ficando intolerante com o tempo. Foi ficando irrelevante, foi reparando em grosserias que ela nem sequer reparava.
Aí ela começou a reclamar das grosserias e pedir pra não fazerem mais.
Ás vezes ela era rude quando reclamava. E quanto mais grosserias por fora dela, mais rudeza surgia por dentro.
Ela foi ficando rude...
rude...
rude...
Pessoas rudes não são doces.












Hoje ela é salgada.

Tô contigo!

Eu sei, hoje você está machucado mas vai em frente que eu vou estar lá com você. Tu esperou tanto pra estar aqui, assim, agora... Balançar a cabeça em sinal negativo não vai solucionar algo.
Os problemas estão pesados, as palavras estão pesadas... mas tu estás recém no meio desse pedaço chato desse caminho tão bonito.
Quando tu chegares ali na outra ponta, ali ó, onde parece que não dá pra chegar, tu vais respirar aliviado, por um sorriso no rosto e rir das enrascadas nas quais tu te meteu.
E tu consegues chegar lá,



















Eu tô contigo.