- Oh Deus! Ando errando tanto ultimamente!
E a menina andava de um lado pro outro sem saber que rumo tomar. Começou a viver automaticamente. Dormia e acordava sem nada novo para contar lá na frente a si mesma. Ela tinha uma mania bonita de sentar, por um suco ou um achocolatado no copo, e começar a tomar relembrando sua própria vida. Contava a si mesma detalhes que a orgulhava; como aquela vez que mesmo varada de medo, ela subiu até o galho mais alto da arvore da casa do vô só para mostrar ao irmão que ela não era uma menina fresca coisa nenhuma.
Mas hoje em dia, nem sair de casa a menina saía mais. Ela andava tão assustada, tadinha. Essa vida parada, sem novidades nunca havia feito parte dela. Ela sabia que não tinha vontade de sair de casa com medo de errar mais com as pessoas. Ela andava com o humor nulo. Um humor nem aí pros outros, nem aí pra nada, e em parte nem aí pra ela também. E ela sabia que sair de casa nesse estado faria com que daqui um tempo, caso ela ficasse melhor, ela tivesse que pedir desculpas para cada um que teve que conviver com ela no seu tempo de humor-nenhum.
 - Mas porque essa vida tão sem açúcar? Tão sem brilho... Tão sem estômago congelando e gargalhadas repentinas? - Ela se perguntava assustada.
 Isso tudo estava acontecendo porque ela estava crescendo. E vida de adulto é assim. Adultos detestam uma vida sem sal, mas conseguem viver normalmente uma vida sem açúcar. Uma vida que não seja doce pros adultos é uma vida normal.







































Mantém tua alma jovem menina! Mantém tua alma pra sempre jovem que tua felicidade vai voltar eterna e açucarada.