E então, a flor vendo a menina chorando desoladamente falou:
- Se tu parar de dar carinho pra quem não merece, sobra mais pra ti depositar em ti.























E a menina parou de chorar na mesma hora, e saiu caminhando pela vida pensando apenas em aprender a se amar mais.

Pastel de vento.

Nunca foi dito que adaptação era uma coisa fácil, e realmente não é. Ter que conviver com os defeitos dos outros é ainda pior do que ser obrigado a se levantar bem cedo em um feriado que tu tinhas reservado só pra dormir. Mas se enclausurar e se preservar da vida é pura maldade com tua própria alma.
Inícios de relacionamento nasceram para ser conturbados, caso contrário, as pessoas não se esforçariam tanto pra anular seus defeitos assim que conhecem alguém que julgam especial.
Quando os primeiros defeitos surgem não é lá muito agradável, mas após um tempo, depois  da fase de aceitação, os defeitos tornam-se até divertidos. Aceitar os defeitos dos outros, ter os nossos defeitos relevados e ganhar em cima disso um balde de qualidades. Nada mais justo.
As pessoas tornam-se rabugentas, quando não usam a paciência que se cabe a cada momento. A paciência de fechar os olhos algumas vezes e dar o braço a torcer, e outras tantas vezes de engolir o orgulho pra ganhar muitos abraços pela frente. Só com paciência e dedicação que se consegue viver com muitos amigos. Certas horas tu vais precisar de muita paciência, outras de muita dedicação mas em todas de um bom amigo do lado!
Sem amigos as pessoas tornam-se frias e vazias. Tão sem graça quanto um pastel de vento.































 Acredita em mim, amizade é a coisa mais importante da vida.

[B] ^ [G]


 “Antigamente naqueles serões de tarde de verão, enquanto a televisão passava filmes românticos e fictícios sentava-me no chão à beira da minha cama e pensava em ti, em como poderíamos estar juntos, eu deitada no teu colo pensando e delirando sobre os nossos defeitos e como somos perfeitos um para o outro.



























E só de pensar que hoje tu é meu, meu riso se torna frouxinho, frouxinho.

Casal

Talvez meu maior medo de começar um relacionamento seja que ele comece a notar que eu tenho defeitos. Que eu acordo sem maquiagem, e não fico tão bonita quanto nos nossos encontros. Que minha calmaria some completamente quando tenho que acordar cedo demais e que minha voz fica ainda mais fina quando eu tô chateada. Ou que minhas qualidades se tornassem chatas, ao ponto do meu "jeito fofo" se tornar irritante no momento que eu pedisse insistentemente pra ele não ir naquela reunião com os amigos pra gente fazer o piquenique que a gente tá combinando há meses. Ou ainda que me dar atenção, que no início do namoro seria a melhor hora do dia se tornasse uma obrigação. Do tipo "não posso ir jogar futebol porque tenho que ver ela".
E é por isso -  e por mais outras mil razões - que eu espero por um amor Alma-Gêmea, que se encante comigo desde o primeiro momento que me viu até o nosso último instante juntos e que fique tão feliz quanto eu com a estranha compatibilidade dos nossos defeitos. E isso não é medo de me machucar, nem tanto vontade de viver um conto de fadas...




































Só quero ser feliz de primeira sem passar por várias tentavivas-e-erros que tanto estragam o significado tão bonito da palavra Casal.





Teus sorrisos.


As vezes um beijo surge no meio de uma trovoada e um tapa surge no meio de um dia lindo de sol. As coisas boas não dependem do dia, elas só dependem de ti e do quanto tu não dá bola pras pessoas/coisas que surgem por aí tentando roubar teus sorrisos.
Se alguém roubar um sorriso teu, mostra que tu tem um ainda mais bonito guardado. Mostra?



























E vai chegar um dia que nem vão precisar mais roubar sorriso nenhum teu, porque de tanta felicidade, tu mesma vai sair distribuindo sorrisos pra cada tombinho e tristeza que passar por ti.

Nariz

Tu entortou o nariz pela milésima vez essa semana. Mas não seria bem mais fácil se tu guardasse tudo isso pra si e esperasse passar devagarzinho? Se te esforçasse pra pensar bonito, ver o lado bom, e manter esse nariz retinho, pra frente...
Entortar o nariz e fazer cara de nojinho pra tudo, vai acabar fazendo brotar uma coisinha nojenta dentro de ti.























Daí, só queria te pedir pra pensar bonito e deixar cada um viver do jeito que cabe.


Se eu pudesse...





 - Oh Deus! Ando errando tanto ultimamente!
E a menina andava de um lado pro outro sem saber que rumo tomar. Começou a viver automaticamente. Dormia e acordava sem nada novo para contar lá na frente a si mesma. Ela tinha uma mania bonita de sentar, por um suco ou um achocolatado no copo, e começar a tomar relembrando sua própria vida. Contava a si mesma detalhes que a orgulhava; como aquela vez que mesmo varada de medo, ela subiu até o galho mais alto da arvore da casa do vô só para mostrar ao irmão que ela não era uma menina fresca coisa nenhuma.
Mas hoje em dia, nem sair de casa a menina saía mais. Ela andava tão assustada, tadinha. Essa vida parada, sem novidades nunca havia feito parte dela. Ela sabia que não tinha vontade de sair de casa com medo de errar mais com as pessoas. Ela andava com o humor nulo. Um humor nem aí pros outros, nem aí pra nada, e em parte nem aí pra ela também. E ela sabia que sair de casa nesse estado faria com que daqui um tempo, caso ela ficasse melhor, ela tivesse que pedir desculpas para cada um que teve que conviver com ela no seu tempo de humor-nenhum.
 - Mas porque essa vida tão sem açúcar? Tão sem brilho... Tão sem estômago congelando e gargalhadas repentinas? - Ela se perguntava assustada.
 Isso tudo estava acontecendo porque ela estava crescendo. E vida de adulto é assim. Adultos detestam uma vida sem sal, mas conseguem viver normalmente uma vida sem açúcar. Uma vida que não seja doce pros adultos é uma vida normal.







































Mantém tua alma jovem menina! Mantém tua alma pra sempre jovem que tua felicidade vai voltar eterna e açucarada.